A indústria química brasileira celebra um marco significativo em 2025, com o anúncio de investimentos que somam R$ 759,3 milhões. Este aporte, impulsionado pelo Programa de Incentivo à Indústria Química (REIQ) do Governo Federal, sinaliza um novo capítulo de crescimento e inovação para o setor. Empresas como Braskem, Innova, Grupo OCQ e Unipar lideram essa onda de investimentos, direcionando recursos para a modernização de suas plantas industriais e para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. A Deloitte Brasil destaca que o foco em inovação e sustentabilidade é crucial para impulsionar a eficiência e o crescimento do setor nos próximos anos.
O REIQ, restabelecido em 2023, tem se mostrado um catalisador fundamental para este cenário promissor. Ao oferecer incentivos fiscais, o programa não só aumenta a competitividade da indústria química brasileira, como também fomenta a geração de empregos e renda. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) ressalta o compromisso do setor com a sustentabilidade, evidenciado pela utilização de fontes de energia renováveis e pela busca contínua por processos produtivos mais limpos.
Investimentos e inovação verde
Desde a retomada do REIQ, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) já aprovou 15 projetos industriais no setor químico, totalizando R$ 713 milhões. Outros nove projetos estão em análise, com investimentos estimados em mais de R$ 436 milhões. Estes números refletem a confiança do setor na política de incentivos do governo e o potencial de crescimento da indústria química brasileira.
O Grupo OCQ, por exemplo, investirá R$ 15 milhões em suas plantas industriais, com foco em novas tecnologias e na produção de “química verde”. Francisco Fortunato, CEO do grupo, destaca que o mercado está se transformando e que a indústria química do futuro será sustentável. A Unipar, por sua vez, anunciou a aplicação de R$ 57 milhões para ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica em Santo André (SP).
Sustentabilidade: um pilar estratégico
A sustentabilidade se consolida como um pilar estratégico para a indústria química brasileira. O setor tem se destacado pela adoção de práticas de economia circular, pela utilização de fontes renováveis de energia e pela busca por processos produtivos com menor emissão de carbono. A Sudeste Online informa que a indústria química brasileira emite metade do CO₂ por tonelada de produto químico em relação aos seus concorrentes internacionais.
O Projeto de Lei que institui o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq) é mais um passo importante nesta direção. O projeto, em tramitação na Câmara dos Deputados, prevê um incremento de até R$ 112 bilhões no PIB e reforça o compromisso do Brasil com uma indústria química mais verde e competitiva.
Uma química mais promissora
O futuro da indústria química brasileira se desenha promissor, impulsionado por investimentos, inovação e um forte compromisso com a sustentabilidade. O REIQ e outras políticas de incentivo do governo federal têm um papel crucial neste cenário, ao estimular o crescimento do setor e a adoção de práticas mais limpas e eficientes.
Com uma matriz energética predominantemente limpa e um crescente foco em química verde, o Brasil tem o potencial de se tornar um líder global em produção química sustentável. O setor, que já representa 11% do PIB industrial, está preparado para impulsionar a inovação, gerar empregos e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.