Tecnologia impulsiona produtividade e reduz ocupação no campo brasileiro

Avanços tecnológicos aumentam eficiência no campo, mas reduzem postos de trabalho tradicionais no setor agro.
Tecnologia impulsiona produtividade no campo - Portal da Produtividade

O avanço da tecnologia e o ganho de produtividade no agronegócio estão transformando radicalmente o cenário do campo no Brasil. De acordo com dados recentes do Observatório da Produtividade Regis Bonelli, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o setor agropecuário segue apresentando um crescimento consistente da produtividade do trabalho — superando, inclusive, a média da economia brasileira.

Entre 2022 e 2024, enquanto a produtividade do trabalho no Brasil como um todo teve crescimento modesto (0,1% em 2024), o agronegócio se destacou com um salto de 1,6% no mesmo período. Esse avanço, porém, vem acompanhado de um fenômeno que exige atenção: a redução da ocupação no setor.

 

Tecnologia no campo: menos pessoas, mais produção

A explicação está na modernização acelerada. Com o uso cada vez mais intenso de tecnologias como máquinas autônomas, agricultura de precisão, inteligência artificial e big data, o setor demanda menos mão de obra direta para alcançar resultados muito mais expressivos. O campo está mais conectado, mais eficiente — mas também mais enxuto em termos de força de trabalho.

Essas tecnologias vêm permitindo uma gestão mais precisa dos recursos, maior controle sobre o solo, clima e produtividade, além de reduzir desperdícios. No entanto, o efeito colateral é visível: menos trabalhadores sendo absorvidos, principalmente nas funções mais operacionais. Em algumas regiões, produtores já sentem a dificuldade de realocar trabalhadores desligados, o que amplia a desigualdade local e a pressão por políticas públicas mais ágeis.

 

Desafio para o futuro: produtividade com inclusão

Especialistas apontam que, para manter o equilíbrio entre tecnologia e inclusão social, é essencial investir em educação técnica, capacitação digital e políticas de transição produtiva. A automação e a conectividade do campo são irreversíveis, mas o fator humano ainda é peça-chave para o sucesso sustentável do agro.

O Brasil precisa apostar na formação de profissionais que possam atuar nas novas frentes tecnológicas do agronegócio, integrando conhecimento técnico com competências digitais. Se feito da forma certa, o país pode se posicionar não apenas como um gigante agroexportador, mas também como referência em inovação rural com impacto social positivo.

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